Porto Alegre - RS
Tem cantinho europeu no Brasil sim, tchê!
Praça da Matriz
Viagens são sempre marcantes por motivos tão inúmeros que só sabe mesmo quem passa ou vive assim, transeunte do mundo. É claro que a maioria das pessoas gostam de viajar e isso não é algo diferente ou novo, mas todas as vezes que viajo penso nos tipos de viajantes e seus destinos como se cada canto da terra externasse uma condição que ficará abrigada no peito de quem a encontrou. E lá vou eu caindo again and again na palavra sensação - ah, mas é verdade - nada se compara com o tato da descoberta, do conhecimento, de lugares, pessoas, pensamentos... A vida é tão rica e múltipla que só tenho anseio de ir além cada vez mais. Então, agradeço por esse tempinho que Báh, foi bom demais da conta, só guri alegre e hospitaleiro fazendo jus ao nome da cidade hehe.
O tempero da comida gaúcha é estilo interiorano. Sem contar que tem sabor e temperatura fundamentais para aquecer no climinha sulista. Oh delícia!
O que muito impressiona (dentre tantas coisas) é a arquitetura da cidade, principalmente no centro histórico, onde existem características do século XVIII, e que eu adoro :)
Escola Estadual Paula Soares
Palácio da Justiça
Praça da Matriz - Monumento a Julio de Castilhos
Parque Farroupilha ou Parque da Redenção
Esse parque é E S P L Ê N D I D O!
Pena que estavam reformando e não consegui tirar fotos em todos os lugares.
Quadro de Otaviano Teixeira
É um parque bem tradicional e toda vez que fecho os olhos consigo sentir o cheiro das folhas, do ar, da terra... Incrível!
As famílias vão vestidas a caráter e noventa e nove por cento levam chimarrão. Aliás, nada é mais comum que andar pelas ruas e parques (aonde quer que seja) com um bom chimarrão na mão. É a famosa garrafinha de água paulistana, digamos rs. As árvores são cheias e fechadas, natureza exuberante, sem mais.
O que dizer da essência clássica e suntuosa que forma a vestimenta desse povo... Impecável! Quando vi esse senhor, com essa postura, vi o resumo de um típico gaúcho. Só faltou o chimarrão, o que na verdade não falta por lá.
Enquanto em São Paulo o sol é ardente deixando a galera numa tremenda estufa, no Rio Grande do Sul o sol é iluminação e beleza paisagista, porque sentir calor mesmo, sem chances. E sinceramente, essa é a graça do sul - os amantes do inverno entenderão rs.
Essa foto é um tanto cômica e de in love. Estava em outro estado morrendo de saudades e aquele sobrenome me aparece, ai ai rs...
Bom, mas tirei também porque achei interessante a proporção das ruas e avenidas estreitas. Parece um caminho sem fim e muitas vezes um labirinto. Lindo, diga-se de passagem.
Agora é o momento em que respiro fundo até pra escrever só de lembrar desse lugar...
Casa de Cultura Mário Quintana
R. dos Andradas, 736 - Centro Histórico, Porto Alegre - RS, 90020-003
As sutilezas da vida através dos teus versos.
Profundo, sereno, irônico e perfeito!
Lê-lo, é ler a vida.
Que mimoooo!
Fizeram da sala a expressão/extensão da obra. Cataventos pendurados, poemas espalhados, curvas ornamentais criando um cenário perfeito para o meu caminho que mais parecia virar a página do livro em cada passo dado.
Foi como viver a história.
Olhar a expressão do poeta no rosto, na escrita, nos detalhes e deixar as palavras fazerem cócegas de memórias no pensamento.
"Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas"
Não tinha um canto desse local que não fosse bonito, que não tivesse um ar magnífico de arte, paz e inspiração.
As formas, as cores, as estruturas pareciam brincar com a natureza e os olhares sobre todas as possibilidades de graça e beleza.
"Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".
"Basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira". GENIAL!
E não só a poesia escrita, porque todos os momentos que puderem ser poéticos, serão.
Assim me despeço dessa ilustre e maravilhosa viagem... Por um lado com uma dor no peito por não ter conhecido o Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo que estava fechado, e por outro, radiante de tudo que vivenciei.
Um poema do saudoso e amado, Mário Quintana:
Living is so big.
Maisa Maciel
16h55
30.12.15