Escrito/desenvolvido por: Maisa Maciel Rodrigues

quarta-feira, 21 de julho de 2010


O mito da caverna 
"Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta." (Carl Young)

Somos a projeção refletida aos ecos e elos que no fundo platônico sucumbem a caverna e acorrentados servimos de platéia por observarmos representações de vida... A visão agora ofuscada pela fresta por onde passa um feixe de luz exterior não mais vive a rotina, mas é parte dela... Infelizmente acolhem em suas casas os relatos, blasfêmias e fatos que ocorrem nesta terra como se fossem a parte fronteira de um palco de marionetes. 
Forçados a crer numa interpretação, ainda enforcados no laço do mito que criamos... Crescemos fisicamente e estudamos, porém abstemo-nos da luz perdendo a contemplação das próprias coisas.    


Obs: Não apoio somente ideias evolucionistas... O intuito que tive ao escrever o ''Mito da caverna'' foi mostrar que a sociedade oprimida pela rotina/mídia ainda está obstinada; cercada por uma visão que não existe... Ligar a televisão e observar representações de vida... Querem que acreditemos, mas não podemos torná-las reais.

Presságio

sexta-feira, 9 de julho de 2010


Presságio

  Hoje me deparei com uma altiva figura talvez seja a que mais repudio ou uma das... Enfim... Sempre aparecem personagens presunçosos nessa minha vida... Penso... Quem dera fosse teatro como explica Willian Shakespeare, afinal imagino que poderia liquidar tal infortúnio... Será? Bom, que seja creio somente nas folhas e tintas unidas por esse delírio ininterrupto de escrita.
  Imbuída pela angústia virei casmurro repentinamente, mas para maior desgosto não tornei-me verso machadiano estando realistamente em face da vida; ressalvo que escolheria estar entre os cunhos geniosos de Machado de Assis ao invés de viver friamente os sofrimentos por ele promulgados... Os famosos triângulos amorosos... Olvidem, essas são outras longas histórias que reservo para um tempo oportuno.
  Por fim, percebi quanta dor causei ao ser frio fitando-me com olhos dissimulados transpassados com mensagens sutilmente agressivas, porém decifrei perfeitamente... Admito ter sido tomada por fúria quando entendi o leve presságio. Então com os punhos rígidos saturados pela raiva adentrei numa etapa crucial do erro dominada por impulsos... Tentei correr, hesitei, conservei qualquer pensamento futuro deixando para um dia quem sabe. Pegue as chaves na bolsa, depressa... Calma mamãe estou procurando... Conhece essa pessoa minha filha?...Não eu não, entre... Espero que não tenha passado de um leve presságio... de uma vaga pessoa.
Maisa Maciel

Siso

sexta-feira, 2 de julho de 2010






[...]
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos, por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
Álvares de Azevedo

                                                                          






                              


E se for mesmo poesia essa vida...
Sei que virá... Suplico... Venha... Quero brincar de siso e poder ‘pintar tua alma’, amar os teus olhos, perder-me num rosto lívido fluindo como sensação extinta que amarga os lábios e emana o puro afã escondido entre olhares acentuados. Quem dera levar eternamente esse semblante de anjo envaidecido qual aura de simpatia oculta com arte infinita a tua imensa superioridade... Assim fenecem as vertigens discretas por receio doloroso e infinito.










Siso: Brincadeira na qual uma pessoa olha fixamente a outra até que uma das duas ria.

Pintar tua Alma: Amedeo Modigliani pintaria os olhos de uma pessoa apenas quando conhecesse sua alma.