Espero que essa minha intensidade nos estudos sobre Manuel Bandeira, ao longo do ano, contribua e muito aos queridos leitores.
Segue o primeiro estudo/trabalho que realizei:
A ESCRITURA DA PERDA: BANDEIRA DE UMA VIDA INTEIRA
Tendo como foco a perda Bandeiriana que concebe a poética intensa duma vida inteira, este trabalho visa à contemplação do poeta que traduz seus desgostos íntimos por meio de linguagem sentimentalmente expressiva carregando a dor, o tédio e a solidão para sustentação de sua condição destitosa. Também resgataremos o percurso parnaso-modernista do audacioso cavalheiro que ‘não feriu aqueles donde veio, nem aqueles aonde foi’. Buscaremos sempre pormenorizar aspectos fundamentais através dos seus escritos, de suas pequenas/grandes peças da engrenagem que ajudou a abrir caminho para o verso livre e para uma dicção poética, à brasileira.
Manuel Bandeira encontrou-se sob a permanente consciência da morte e inda permeou com intensa ternura uma sensibilidade moderna. Por lirismo elegíado e versos de grande erudição, traduziu um tempo não-reconciliado, ‘marcado pelo mau destino’; singrando nas perdas mais simples do cotidiano e deixando o presente entregue à frustração.
Entregou-se a poesia, a atração, ao sublime, ao ritmo dissoluto mantendo o espírito aberto para a fala singela e a escrita afetiva. Defendeu a ampliação dos limites da retórica literária trazendo para a expressão de menos concisão e elegância, mais caráter.
Farto do lirismo comedido, o poeta de Pasárgada era um homem assim, de dicção delicada, mas ousada.
Maisa Maciel
1 comentários:
adorei o dicionario, ja copiei um pro blog do flavio hehehehe
obrigado máh, fica com Deus
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