A soma do mesmo

domingo, 31 de agosto de 2014


A soma do mesmo

ou

                                     Alma inquieta que sou


@geken


Olho pela janela do ônibus
e sinto que o primeiro sol
é meu.
A nuvem branca e baixa 
estende-se para abraçar o céu,
e suas formas são
banhadas pelo brilho dourado do amanhecer...
Como brilha...
Como brilha...
Lembro que
Pessoas ainda dormem;
Dormem e deixam ressoar 
seus sonhos
que se espalham pelo ar.

É o mesmo destino
por indas e vindas
diárias,
são as mesmas casas de quem não sei, 
são as mesmas pessoas que nunca vi.
Mas, a cada curva 
um pensamento e 
quanto mais aguda, mais profundo.
Minhas vertigens traçam rimas e versos,
e tudo que vejo
tem cheiro do novo a ser percorrido.

A música que escuto 
é a voz da paisagem embalando o caminho.
E lá vou eu
Conduzida pelo mundo!
Fumaça o vapor das ideias
preso ao calor das horas
e sai levando por aí
a soma do que eu sou.
Maisa Maciel
31/08/14
19h40.

Teoria Literária

Gênero Lírico


Estudo do texto poético


 Sobre as práticas dos discursos literários em geral


Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
Gilberto Gil

   Para estudar e relembrar sobre a melhor aula... rsrs... Os outros que me perdoem:

Meus rascunhos de análise estrutural super organizados...

  Cristina Cigre que o professor colocou com total destreza para recitar o poema em nossos ouvidos:

Tanto de meu estado me acho incerto - Cristina Cigre

Maisa Maciel
31/08/14
17h20


OSSA e Celtic Woman

    Sobre o final de semana que passou e o que está por vir...

Orquestra Sinfônica de Santo André

em Ópera Curta - La Bohème

Regência: Abel Rocha
Direção Cênica: Cleber Papa
Coro da Cidade de Santo André (Reg. Roberto Ondei)

Maisa Maciel - Teatro Municipal de Santo André

    La Bohème é transposta num cenário múltiplo sobre a vida das pessoas e suas contradições nos relacionamentos. Artistas que convivem numa Paris intensa por sua vida boêmia e cheia de amores. 
    Os atores retrataram perfeitamente a vida de dois amigos da arte: Rodolfo, o poeta e Marcelo, o pintor.       Trechos do espetáculo que contou com a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA):

Personagem: Marcelo (pintor), descrevendo Paris.

Ópera curta em Italiano retratando Paris 
com o acompanhamento da OSSA



OSSA




Preparando a mente e o coração para semana que vem...

Celtic Woman

  no Espaço das Américas

Meu ingresso ;D

Anjos...

Maisa Maciel
31/08/14
16h50

Imagens de um cotidiano Artístico

Imagens de um cotidiano Artístico

ou

                        A beleza despercebida


     Sabe aquela tendência (imperceptível) de permitir que a rotina apague o brilho, a beleza e o encanto nos detalhes do cotidiano? Pois bem, infelizmente eu sei! Pensando nisso, quero compartilhar as oportunidades que tenho na semana de me deparar com 'A Beleza Despercebida', essa beleza natural em cada canto da arte, da música, da natureza (a arte maior)...  
     Penso na vida, dentre tantas coisas, como um relicário artístico de imagens e belezas profundas, amorosamente guardadas para responder com clareza as dúvidas egoístas que por vezes temos sobre tudo.
...Nossa, eu adoro a palavra Relicário!
(um dia explico) rsrs...

Maisa Maciel Rodrigues
A borboleta que encontrei de manhã camuflada no piso...
 
Maisa Maciel Rodrigues
Jardim
Home Sweet Home

Num estabelecimento por aí...
Tatuapé, SP.


@animals. Happy Beluga Whale. Photography by @stevesnodgrass.

@ravenreviews - @gmy_vintique

Foxes are found on every continent except Antarctica - @discoverychannel

Photo taken by @stevemccurryofficial 
An Intha fisherman goes out at dawn on Inte lake, Myanmar.
@natgeo

Charlie Chaplin
@alienastronauts

Recicling nude (1905) by Leo Putz. He was a Tyrolian Painter. 
His works are considered impressionist and sometimes expressionist.
@loo_lii_taa

@discoverychannel

@discoverychannel
Photo by @vincentjmusi

The great migration - Nicole Cambré
@nomagme

@poesiatranscend

Opera of the Moon
@osgemeos

@natgeo
#eels #NewZealand

Guardian exhibition
@librarystreetcollective

Maisa Maciel
31/08/14
16h46




LokoBikers

LokoBikers

O grupo que mais pedala em São Paulo


    Pessoal que gosta de pedalar por São Paulo entra nesse site: http://www.lokobikers.com.br, é muito, muito interessante e divertido! Semana que vem estarei com eles em passeios por trilhas e estradas... =D

Maisa Maciel
31/08/14
15h00

Razões de Leitura e Criação: Solenemente à Poesia

domingo, 17 de agosto de 2014


Razões de Leitura e Criação:



SOLENEMENTE À POESIA


Em uma sociedade cada vez mais voltada para o imediatismo...

     Sabemos da multiplicidade existente no universo literário e no que isso pode ou não resultar, e quando rodeados por expressividade, mistura de gêneros e linguagens, sentimos um mundo de palavras que se engatam em novas aventuras. Mas, o fato é que, em meio a essas condições vivem os que defendem esta ou aquela posição, esta ou aquela escola literária e assim por diante... 
     Sim, as pessoas são diferentes e tendem a apreciar coisas diferentes, porém isso não justifica ou gera alternativa para os descendentes do negativismo que excluem uma primeira ideia em função de outra. Então, como exercitar nossa humanidade nesse sentido? Unindo, somando, agregando, deixando a crítica literária crescer em autodespojamento e acreditando na utilidade mútua. Vamos concretizar o prazer da leitura e da escrita em relação ao mundo e aos homens defendendo a ideia de que precisamos questionar sem desmerecimento! Quando entendemos sobre a importante e forte relação entre autores, escolas literárias e seus respectivos motivos aprendemos ainda mais sobre a diferença histórica de tempo e espaço no qual cada um viveu... 

In memory :'(



A poesia vem para salvar a simplicidade excessiva nos subjetivos...    
   
     Queridos, nem todo verso é simples arquitetura à moda Parnasiana ou jogos de palavras encantadoras, e mesmo que sempre chame a atenção para seu nível constitucional, o poema luta pelo viés da intertextualidade. Trata-se, por conseguinte, da liberdade do escritor de poetizar com todos os artifícios possíveis... Versos iniciais que simulem o início de uma longa viagem ou a enunciação de sujeitos sem visões seletivas fazendo brotar uma concentração de sentidos.
     Precisamos da formação de leitores que saibam descobrir novos conceitos e reformular os antigos para adquirir uma educação crítica na interação com uma infinidade de textos e estilos. Portanto:

Amem a poesia! 
Amem o Parnasianismo! 
Amem Olávo Bilac!
Amem o Modernismo e a libertação!
Mas, sobretudo,
amem as possibilidades,
porque nada pode ser mais arredio
do que inferiorizar a 
dignidade artística!


Maisa Maciel
17/08/10
20:30
(Prefiro entregar as palavras aos poetas ;)

FLIP e 23ª Bienal Internacional do Livro


 Vamos, vamos e vamos!

FLIP: 1ª Feira Literária de Paranapiacaba

&

23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2014


entretenimento.r7.com

@eumechamoantonio

Maisa Maciel
17/08/14
19:20

Machado de Assis: A Carteira


  Aprendi tanto com esse conto...
  É impensável um texto machadiano sem belas metáforas ou o "dizer tudo fingindo dizer nada"...
  Ahhh como amo esses textos cheios de reticências... rsrs...

A CARTEIRA



...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:

- Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.

- É verdade, concordou Honório envergonhado.

Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.

- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.

- Agora vou, mentiu o Honório.

A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um processo, em que fundara grandes esperanças. Não só recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais.

D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher, bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois ia ouvir os trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.

Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha, criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados; ficou espantada, e perguntou-lhe o que era.

- Nada, nada.

Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da miséria. Mas as esperanças voltavam com facilidade. A ideia de que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta. Estava com, trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar, pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal, e a más horas.

A dívida urgente de hoje são uns malditos quatrocentos e tantos mil-réis de carros. Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo. Eram cinco horas da tarde. Tinha-se lembrado de ir a um agiota, mas voltou sem ousar pedir nada. Ao enfiar pela Rua. da Assembléia é que viu a carteira no chão, apanhou-a, meteu no bolso, e foi andando.

Durante os primeiros minutos, Honório não pensou nada; foi andando, andando, andando, até o Largo da Carioca. No Largo parou alguns instantes, - enfiou depois pela Rua da Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem saber como, achou-se daí a pouco no Largo de S. Francisco de Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Café. Pediu alguma cousa e encostou-se à parede, olhando para fora. Tinha medo de abrir a carteira; podia não achar nada, apenas papéis e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa principal das reflexões, a consciência perguntava-lhe se podia utilizar-se do dinheiro que achasse. Não lhe perguntava com o ar de quem não sabe, mas antes com uma expressão irônica e de censura. Podia lançar mão do dinheiro, e ir pagar com ele a dívida? Eis o ponto. A consciência acabou por lhe dizer que não podia, que devia levar a carteira à polícia, ou anunciá-la; mas tão depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros da ocasião, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a tivesse perdido, ninguém iria entregar-lha; insinuação que lhe deu ânimo.

Tudo isso antes de abrir a carteira. Tirou-a do bolso, finalmente, mas com medo, quase às escondidas; abriu-a, e ficou trêmulo. Tinha dinheiro, muito dinheiro; não contou, mas viu duas notas de duzentos mil-réis, algumas de cinqüenta e vinte; calculou uns setecentos mil-réis ou mais; quando menos, seiscentos. Era a dívida paga; eram menos algumas despesas urgentes. Honório teve tentações de fechar os olhos, correr à cocheira, pagar, e, depois de paga a dívida, adeus; reconciliar-se-ia consigo. Fechou a carteira, e com medo de a perder, tornou a guardá-la.

Mas daí a pouco tirou-a outra vez, e abriu-a, com vontade de contar o dinheiro. Contar para quê? era dele? Afinal venceu-se e contou: eram setecentos e trinta mil-réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos anjos... Mas por que não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.

"Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do dinheiro," pensou ele.

Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu, bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de visita; leu o nome; era do Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente do amigo. Voltou ao interior; achou mais dois cartões, mais três, mais cinco. Não havia duvidar; era dele.

A descoberta entristeceu-o. Não podia ficar com o dinheiro, sem praticar um ato ilícito, e, naquele caso, doloroso ao seu coração porque era em dano de um amigo. Todo o castelo levantado esboroou-se como se fosse de cartas. Bebeu a última gota de café, sem reparar que estava frio. Saiu, e só então reparou que era quase noite. Caminhou para casa. Parece que a necessidade ainda lhe deu uns dous empurrões, mas ele resistiu.

"Paciência, disse ele consigo; verei amanhã o que posso fazer."

Chegando a casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado, e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, e perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.

- Nada.

- Nada?

- Por quê?

- Mete a mão no bolso; não te falta nada?

- Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabes se alguém a achou?

- Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.

Gustavo pegou dela precipitadamente, e olhou desconfiado para o amigo. Esse olhar foi para Honório como um golpe de estilete; depois de tanta luta com a necessidade, era um triste prêmio. Sorriu amargamente; e, como o outro lhe perguntasse onde a achara, deu-lhe as explicações precisas.

- Mas conheceste-a?

- Não; achei os teus bilhetes de visita.

Honório deu duas voltas, e foi mudar de toilette para o jantar. Então Gustavo sacou novamente a carteira, abriu-a, foi a um dos bolsos, tirou um dos bilhetinhos, que o outro não quis abrir nem ler, e estendeu-o a D. Amélia, que, ansiosa e trêmula, rasgou-o em trinta mil pedaços: era um bilhetinho de amor.

Maisa Maciel
17/08/14
18:54

Zaz à Montmartre : Les passants

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ZAZ

 Talento e criatividade


    Soube recentemente sobre essa maravilhosa cantora... Deixarei que mostre por si o quão brilhante é:

Isabelle Geffroy
Zaz à Montmartre : Les passants

Para dormirmos
inspirados!
Maisa Maciel
14/08/14
22h50



Rio de Janeiro - Trindade

Trindade - RJ

              Eis o paraíso!


    Nesses planos de viajar por aí conhecendo cada canto rico e perfeito da natureza posso dizer que comecei da melhor forma possível! Foi inexplicável a conexão, a sensação de liberdade, de valor e de vida... Em vários momentos me perdia ao observar a grandiosidade do ambiente, das paisagens que inundavam a imaginação, o olhar, o espírito... O que eu pensava constantemente (e até agora guardo comigo): nós não sabemos nem o início do poder, da força e dos perfeitos detalhes que existem nessa terra! 

Chegando em Paraty 

Trindade 
Rumo à piscina natural... Ao todo são 3 praias mais 1h15 (em média) de trilha...
Praia do Cepilho:





Maisa Maciel Rodrigues

Praia do Meio:

Não recordo o nome dessa praia:
Escondendo o rosto do esforço por caminhar entre as pedras rsrs...

Maisa Maciel Rodrigues

Foto da internet

Trilha 
Não é permitido iniciar a trilha com sacolas plásticas, garrafas e etc... Linda a maneira como supervisionam o ambiente para que se tenha respeito aos limites ecológicos!
Maisa Maciel Rodrigues




Enfim: A Piscina Natural entre as pedras...
Maisa Maciel Rodrigues



Foto da internet: 


Maisa Maciel
14/08/14
20h00


Imagine Dragons

Imagine Dragons - Radioactive

Lollapalooza 2014


     Foi incrível, foi sensacional, foi... Foi... SEM PALAVRAS! Relembrando o quanto eles são fantásticos!



Maisa Maciel
14/08/14
19h41

Staff in Music - Cultura Inglesa

domingo, 10 de agosto de 2014


    Staff in Music é um evento realizado para os funcionários da Cultura Inglesa que gostam de soltar a voz e cantar hits variados. No mês de Julho aconteceu na filial Tatuapé e eu tive a honra/oportunidade de participar. Essa noite foi impecável! Cheia de pessoas talentosíssimas e de grande humor artístico... Gargalhamos com imitações do Sílvio Santos e Marília Gabriela (ma oee hahaha), apreciamos uma declaração de amor com poesia e tudo (sz), e acompanhamos com alegria a música Royals da cantora Lorde, que agitou a galera. E claro, eu fiquei super feliz por escutar a música I follow Rivers - Lykke Li que particularmente AMO! Digo novamente:

 Show foram vocês que apoiaram, riram e contagiaram cada detalhe especial dessa noite... Aplausos e abraços com carinho aqueles que sempre estão conosco mesmo que de coração :)


   Bom, a música que escolhi cantar tem grande peso, quanto a letra e melodia, e é totalmente aplicável na nossa atual realidade marcada por guerras e injustiças. 

THE CRANBERRIES - ZOMBIE


Ensaiando e cantando
Maisa Maciel Rodrigues

Maisa Maciel Rodrigues

Apresentação




Maisa Maciel
10/08/14
22h30

Um dia que se fez Eterno



Um dia que se fez eterno

ou

                                            "O diferente"


       As escadas serviam de alento para aquela menina de traços fundos tão bem marcados por um ar misterioso, e era nesse instante que sentia o vento beijar-lhe a face, levemente sussurrando na imensidão do silêncio. E o vento pairava cada vez mais percorrendo a criança, percorrendo seu olhar, suas mãos e o solo no qual brincava com folhas secas. Ela girava e sorria com os braços abertos fitando o céu à espera das folhas que estavam por cair... Foi quando percebeu que dentre tantas folhas secas presas aos galhos havia "algo diferente". Menina misteriosa que era, começou a pular com um graveto na mão e a esticar, e a erguer os braços numa agitação contínua de um canto ao outro, mas "o diferente" parecia brincar com ela... Nada caiu, nada aconteceu. E ela estava tão cansada que prostrou-se ao chão para ser afagada pela multidão de folhas secas, e observar coisas por entre as árvores excessivamente velhas. Talvez a menina recebesse resposta ou alívio, não se sabe, nunca se sabe, afinal tudo era tão redentor.



      A construção dos seus sentimentos, dos seus pensamentos, iam embora com a tarde que levava o calor desejoso do sol ao banhar sua pele. Então, inclinou calmamente sua cabeça rumo aos últimos feixes de luz que aos poucos ofuscavam o olhar. Levantou-se e ficou cambaleante quase sem forças... Fincou o graveto oco e vulnerável, igual a ela naquele momento, em solo arenoso e respirou a poeira macilenta que embriagou-a... Tossindo, to-to-tossindo, tirou com dificuldade seu penduricalho do pescoço e amarrou-o no graveto como sinal de importância de um legado para o momento vivido... E seguiu às vezes olhando para trás, às vezes para o céu, mas sempre pensando no misterioso e curioso "diferente". Assim, seus pés empoeirados seguiram por entre a mata, e mal sabia a menina que deixava vestígios pelo caminho, vestígios derramados no solo que um dia se fez eterno para poder dizer que ela nunca esteve sozinha.


Maisa Maciel
20h50
10/08/14